Futuro ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PSL), o ex-juiz Sergio Moro, exonerado nesta segunda-feira (19), anunciou que levou para o gabinete de transição em Brasília integrantes da Polícia Federal que participaram da Operação Lava-Jato, em que ele atuou em Curitiba (PR).
Dessa forma, Moro começa a confirmar os primeiros nomes da sua equipe.
Ele já havia dito que contaria com integrantes da Lava-Jato, com quem trabalhou e em quem diz confiar, e que pretende criar no Ministério da Justiça o mesmo modelo da Lava-Jato, com forças-tarefa para assuntos prioritários.
Confira os nomes:
Erika Marena
Superintendente regional do Sergipe, Erika trabalhou em investigações que ficaram muito conhecidas, como a do Banestado e a Lava-Jato — ambas começaram no Paraná e tiveram a participação de Sergio Moro. Associou, com ajuda de outro delegado, o doleiro Alberto Youssef ao esquema da Petrobras.
Recentemente, foi criticada na investigação de desvios de dinheiro na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O então reitor da UFSC, Luiz Carlos Cancellier, cometeu suicídio em um shopping após ser preso temporariamente.
Maurício Valeixo
Cotado para ser o diretor-geral da Polícia Federal, o delegado é atualmente superintendente da polícia do Paraná, cargo que ele já havia ocupado entre 2009 e 2011.
Valeixo foi adido em Washington (EUA) entre 2013 e 2015. Conhecido de Moro há mais de dez anos, ele foi também chefe do Combate ao Crime Organizado da PF durante três anos da gestão de Leandro Daiello. O posto é o terceiro da hierarquia da polícia.
Rosalvo Franco
O delegado atuou na PF por quase 33 anos e chefiou a superintendência do Paraná desde o início da Lava-Jato até o ano passado, quando pediu aposentadoria, em dezembro. É pessoa de muita confiança de Moro, com quem trabalhou muito de perto, e foi chefe de Erika Marena.