Nos últimos 50 dias, eles percorreram o Brasil atrás do voto de 147.306.275 eleitores. Contaram suas histórias de vida, proclamaram seus feitos e desfiaram promessas. Encerrada a campanha neste 1º turno, chegou a hora do veredito solitário na cabine de votação. Para ajudar na decisão, GaúchaZH oferece um currículo resumido dos principais candidatos ao Palácio do Planalto. Confira abaixo o de Geraldo Alckmin (PSDB).
Origem
Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho nasceu em 7 de novembro de 1952, em Pindamonhangaba (SP). Filho de um veterinário e de uma dona de casa, formou-se em Medicina pela Universidade de Taubaté. Médico anestesista, elegeu-se vereador aos 19 anos, sendo o mais votado da cidade natal. Mais tarde, foi prefeito do município, deputado estadual, federal, vice-governador e governador de São Paulo por quatro mandatos. Concorreu à Presidência em 2006, perdendo para Lula no 2º turno.
Realização
Governador de São Paulo até março deste ano, quando renunciou para concorrer à Presidência, Alckmin alcançou feito inédito na gestão do Estado: fechou 2017 com a menor taxa de homicídios desde 1995, quando estatísticas criminais começaram a ser aferidas. Foram 7,54 assassinatos por 100 mil habitantes, redução de 78% em relação a 1999, quando as mortes começaram a cair. O resultado é atribuído principalmente à contratação de 32 mil policiais entre 2011 e março de 2018.
Encrenca
Em 5 de setembro, o Ministério Público de São Paulo ajuizou ação de improbidade contra Alckmin. O candidato é acusado de receber R$ 7,8 milhões da Odebrecht para a campanha à reeleição, em 2014. O dinheiro teria sido pago em nove parcelas, em troca da manutenção de "benefícios em licitações fraudadas, contratos, privatizações e parcerias". Alckmin nega a acusação:
— O promotor sugere algo que não existe e que jamais alguém tenha sequer cogitado.
Proposta
Alckmin promete diminuir o número de partidos, deputados e senadores. O tucano pretende eliminar 27 cadeiras no Senado, reduzindo de três para dois o número de representantes por Estado. Na Câmara, a ideia é reduzir de 513 para 395 deputados, aprovando emenda à Constituição que já tramita na Casa. Alckmin quer ainda aprovar uma reforma política que faça os partidos caírem de 35 para cerca de 10.
Curiosidade
Em 6 de março de 2001, Alckmin chegou ao comando do Estado de São Paulo após a morte do então governador Mário Covas, de quem era vice. Desde então, acumulou feito notável: 4.502 dias à frente do Estado mais rico e do maior colégio eleitoral do país. Nunca alguém passou tanto tempo ocupando o Palácio dos Bandeirantes. O tucano superou o recorde anterior, de Adhemar de Barros. Foram quatro mandatos durante a hegemonia no PSDB em São Paulo, que já perdura 24 anos.