Por mais de um mês, os candidatos a governador conversaram com eleitores, discursaram no horário eleitoral e dissertaram à imprensa. Não é preciso muito esforço para encontrar as suas declarações. Elas estão espalhadas pelo Rio Grande do Sul.
Depois de serem ouvidos aos montes pelos gaúchos, chegou o momento de escutar o que os outros dizem sobre eles. Nesta reportagem, GaúchaZH deu voz a três pessoas para descrever uma: o candidato a inquilino do Palácio Piratini.
Nas últimas duas semanas, GaúchaZH conversou com pessoas ligadas a seis nomes que se apresentam como possíveis governadores — Eduardo Leite (PSDB), Jairo Jorge (PDT), José Ivo Sartori (MDB), Mateus Bandeira (Novo), Miguel Rossetto (PT) e Roberto Robaina (PSOL). Foram 18 entrevistas, quase 20 horas de encontros. O candidato Julio Flores (PSTU) não forneceu as informações solicitadas e, por isso, ficou de fora da reportagem.
GaúchaZH solicitou às campanhas a indicação de um amigo ou familiar que melhor retratasse o candidato, além de um aliado político que conhecesse o seu perfil de trabalho. Também buscou um rival, baseado no histórico do concorrente, para apresentar um contraponto.
Coletados em comitês de campanha, escritórios e nas casas dos entrevistados, os depoimentos deste especial resumem os principais trechos das entrevistas. Todas as conversas foram guiadas pela mesma pergunta: qual a característica mais marcante do concorrente?
Uns os veem como dedicados companheiros ou leais parceiros, outros os descrevem como lideranças engajadoras, alguns os criticam pelas escolhas equivocadas.
Um desses nomes terá de suturar a hemorragia do orçamento e lidar com desafios mesmo sem dinheiro. Desde a insegurança que amedronta os gaúchos, até a carência de investimentos em infraestrutura, passando pela melhoria no ensino público e nos serviços de saúde, as dificuldades serão imensas para quem sentar no principal gabinete do Palácio Piratini a partir de 1º de janeiro.