Investigadores que apuram a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes analisam a possibilidade de a parlamentar ter sido alvo de uma escuta clandestina em seu gabinete, no nono andar da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. Caso a hipótese se confirme, é possível que o crime, ocorrido há três meses, tenha sido planejado ainda no ano passado. As informações são do jornal O Globo.
A suspeita surgiu porque assessores de Marielle, ao voltarem do recesso de fim de ano, no início de fevereiro, perceberam que as placas do teto da sala da vereadora haviam sido alteradas. A hipótese é de que o "grampo" tenha sido retirado durante as férias coletivas. Além disso, imagens do circuito interno do Palácio Pedro Ernesto mostram o momento em que um homem escalou o prédio, em fevereiro.
Este é considerado o caso mais difícil da história da Delegacia de Homicídios (DH) do Rio de Janeiro. Entre as poucas certezas em relação à autoria do crime está a de que a emboscada sofrida pela vereadora e sua equipe, no Estácio, na noite de 14 de março, foi minuciosamente planejada, deixando poucas pistas.