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Quem é Gleisi Hoffmann, a presidente do PT que é cotada para assumir ministério do governo Lula

Deputada federal pelo Paraná pode assumir a Secretaria-geral da Presidência durante o governo Lula. Gleisi foi ministra da Casa Civil durante o governo de Dilma Rousseff, em 2011

Estadão Conteúdo

Por Juliano Galisi

Zero Hora

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NELSON ALMEIDA / AFP
Gleisi declarou ainda não ter recebido nenhum convite para assumir o ministério.

Prestes a iniciar uma reforma ministerial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve conceder um cargo no primeiro escalão do governo para Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT. 

O cargo previsto para Gleisi é a Secretaria-Geral da Presidência, hoje ocupada por Márcio Macêdo. A deputada também é cotada para a Secretaria de Assuntos Institucionais, caso haja mudança nos planos do mandatário. Expectativa dos aliados de Lula é de que presidente troque ministros depois da eleição da Mesa da Câmara e do Senado.

Na mira do governo federal para assumir um ministério, a presidente do PT afirmou que Lula estuda os ajustes e pretende fazer mudanças entre os ministros do partido. Gleisi destacou ainda que está à disposição do governo federal, mas que ainda não recebeu nenhum convite, segundo informações do g1.

O favorito de Lula para suceder Gleisi na chefia partidária da sigla é Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara (SP). O grupo político de Gleisi na política interna do PT, porém, ainda está dividido sobre a indicação de Edinho.

Quem é Gleisi Hoffmann?

Lula Marques / Agência PT
Em 2017, Gleisi assumiu a presidência do PT.

Gleisi é deputada federal pelo Paraná desde 2019. Antes, foi senadora, ministra-chefe da Casa Civil durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff (PT) e secretária de gestões petistas em nível municipal e estadual. A deputada federal disputou seu primeiro cargo eletivo em 2006. Desde então, concorreu à prefeitura de Curitiba (PR), em 2008, e ao governo paranaense em 2014.

Natural de Curitiba e formada em Direito, Gleisi foi secretária durante o governo de Zeca (PT) no Mato Grosso do Sul. Entre 1999 e 2001, a petista foi titular das pastas de Reestruturação Administrativa e de Governo. Em 2001, foi nomeada para a Secretaria de Gestão de Londrina, no Paraná, no mandato de Nedson Luiz Micheleti (PT). No ano seguinte, integrou a equipe de transição de Lula, então presidente eleito. Durante o primeiro mandato presidencial do petista, assumiu uma diretoria da Itaipu Binacional.

Em 2006, concorreu ao Senado pelo Paraná. A única cadeira em disputa foi conquistada por Álvaro Dias, então no PSDB. Enquanto Gleisi obteve 45,1% dos votos válidos, Dias foi eleito com 50,5%.

Em 2008, a ex-secretária disputou a prefeitura de Curitiba pelo partido. Perdeu a disputa para Beto Richa, do PSDB, reeleito em primeiro turno com 77,2% dos votos válidos.

Em 2010, foi eleita senadora com 3.196.468 votos. No ano seguinte, licenciou-se do cargo para assumir a Casa Civil de Dilma Rousseff. Permaneceu no ministério até 2014. Naquele ano, concorreu ao governo do Paraná. A eleição foi vencida em primeiro turno por Beto Richa.

Em 2017, assumiu a presidência do PT. No ano seguinte, elegeu-se deputada federal, reelegendo-se em 2022.

A nomeação de Gleisi para um ministério também modifica o cenário para o comando do PT.

Enquanto presidente do PT, Gleisi foi um contraponto à agenda do Ministério da Fazenda, de Fernando Haddad. Em dezembro de 2023, por exemplo, uma resolução do partido chamou o arcabouço fiscal, proposta de Haddad, de "austericídio fiscal".

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