O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse nesta segunda-feira (16), em entrevista à rádio CBN, que as investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro apontam a atuação de milícias como principal hipótese para a execução da vereadora Marielle Franco (PSOL). A parlamentar e o motorista Anderson Gomes foram mortos na noite do dia 14 de março, no centro do Rio.
— (A polícia) Eles estão com uma pista fechada e têm caminhado bastante. A mais provável hipótese remete o crime à atuação de milícias no Rio de Janeiro — comentou o ministro, ressaltando o empenho da polícia em elucidar o fato.
Jungmann afirmou ainda que entende a urgência para solucionar o crime, mas lembrou que outros casos críticos, como o assassinato da juíza Patrícia Acioli e a morte do pedreiro Amarildo, na Rocinha, levaram mais de dois meses para serem elucidados.
— O caso da Marielle tem 30 dias. Entendo a urgência, entendo o impacto do que aconteceu — disse.
A vereadora era militante do movimento negro e de direitos humanos. Durante o seu mandato na Câmara do Rio, realizou denúncias de violência policial contra moradores de favelas da cidade.