Às 18h43min deste sábado (7), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deixou o prédio do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP) a pé, embarcou em uma viatura e se entregou à Polícia Federal. Seguranças tiveram que conter apoiadores após a saída do ex-presidente do sindicato.
Às 22h30min, Lula chegou à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde ficará preso. Na hora do pouso do helicóptero, a polícia disparou bombas de gás e tiros de borracha contra a multidão. Diversas pessoas ficaram feridas.
Após deixar o sindicato em São Bernardo, o ex-presidente se dirigiu à Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, onde realizou o exame de corpo de delito. De lá, ele embarcou em um helicóptero com destino ao aeroporto de Congonhas. Depois, Lula embarcou para Curitiba, no Paraná.
Em discurso no começo da tarde, o ex-presidente já havia confirmado que iria se entregar — após a fala, ele foi carregado nos braços por apoiadores. Por volta das 17h, Lula havia tentado deixar o sindicato, mas militantes impediram que o veículo saísse do local.
Acompanhe a cobertura ao vivo de GaúchaZH com os repórteres Eduardo Matos e Juliana Bublitz, que estão em São Bernardo do Campo (SP), e Fábio Schaffner, em Curitiba (PR):
Retrospectiva do dia
Mais cedo, Gleisi Hoffmann, presidente do PT, e João Paulo, do MST, discursaram pedindo a compreensão dos apoiadores para que deixassem o ex-presidente se entregar.
Conforme Gleisi, a PF havia emitido prazo para que Lula se entregasse. Segundo João Paulo, a tropa de choque já havia conseguido autorização para entrar no prédio do sindicato. Apoiadores entoavam: "Cercar cercar, e não deixar prender".
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin negou, na manhã deste sábado, um novo habeas corpus da defesa de Lula.
Na noite de sexta (6), os advogados do ex-presidente entraram com recurso junto ao STF, alegando que a prisão não poderia ter sido decretada por Moro antes de esgotados todos os recursos no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).