Após dizer que pretendia retirar a ação que questiona no Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão após condenação em 2ª instância, o presidente do PEN, Adilson Barroso, disse, em entrevista ao programa Atualidade, que o partido foi convencido por um grupo de advogados, em 2016, a ingressar com a ação.
— Esse pedido entrou agora porque o processo está andando há dois anos e coincidiu com esse momento. Em 2016, um grupo de pessoas, juntamente com advogados, nos convenceu que precisaria ter uma decisão definitiva do Supremo se pode ou não pode prender em 2ª instância e se a Constituição vale ou não vale — disse.
Questionado sobre quem eram as pessoas que faziam parte deste grupo, o presidente do partido não respondeu. Embora tenha citado em alguns momentos da entrevista o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, ele disse que o pedido não partiu do defensor que representa vários investigados na Operação Lava-Jato.
Barroso também disse que o pedido do partido é por uma definição sobre o entendimento do Supremo. Ele também culpou a mídia por dizer que a ação seria para beneficiar Lula.
— Amanhã devemos dar uma declaração coletiva para dizer qual a saída que conseguimos para retirar essa liminar por causa da repercussão negativa e da informação errada. Eu não tinha motivo para ajudar esquerda se eu sou de direita. Se depender de mim, Lula fica preso – afirmou.
Os advogados do partido avaliam como desistir da liminar que pede a suspensão de prisões de condenados em 2ª instância na Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) 43.