O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso determinou, no domingo (1º), que três investigados na mira da Operação Skala que se encontram no Exterior se apresentem à Polícia Federal no momento do desembarque e sejam levados para a prestação de depoimentos à PF e a representantes do Ministério Público Federal (MPF).
A decisão atinge Rodrigo Borges Torrealba, Ana Carolina Borges Torrealba Affonso e Gonçalo Borges Torrealba, membros da família que controla o Grupo Libra e que se encontram no Exterior. A Procuradoria-Geral da República (PGR) já informou que os três estão dispostos a se apresentar à autoridade policial assim que retornarem ao Brasil.
Procurado pela reportagem, o Grupo Libra reiterou que "já está prestando todos os esclarecimentos à Justiça, e que uma de suas acionistas já depôs à Polícia Federal".
No último sábado (31), Barroso revogou as prisões temporárias decretadas por ele na Operação Skala, deflagrada na última quinta-feira (29).
Entre empresários e ex-agentes públicos, foram presos o advogado José Yunes, amigo do presidente Michel Temer há mais de 50 anos e ex-assessor dele na Presidência, o coronel da reserva da Polícia Militar de São Paulo e coordenador de campanhas eleitorais de Temer, João Baptista Lima Filho, e o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi, pai do líder do PMDB na Câmara, deputado Baleia Rossi (SP). Ao todo, 10 das 13 prisões temporárias ordenadas por Barroso haviam sido cumpridas.