Uma manifestação organizada pela Frente Brasil Popular reúne um grupo de pessoas na Esquina Democrática, em Porto Alegre, para acompanhar o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os militantes montaram duas tendas para amenizar o calor e devem permanecer em vigília até as 19h. A organização irá avaliar ao longo do dia a possibilidade de sair em caminhada.
— Os atentados contra a caravana do Lula no Rio Grande do Sul mostram que o Estado não tem mais condições de preservar a integridade física do ex-presidente. Então, faremos uma vigília e não descartamos tomar medidas extremas para garantir a sua integridade — disse o presidente do PT porto-alegrense, Rodrigo Campos Dilelio.
Questionado sobre quais seriam as medidas extremas, explicou que tomar as ruas para "denunciar a inconstitucionalidade" de uma possível prisão do ex-presidente antes do trânsito em julgado do processo é uma delas.
Amarildo Cenci, secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), argumenta que o ato tem como objetivo reafirmar a defesa da democracia e da Constituição.
— O STF está prestes a fazer uma pataquada ao condenar Lula para tirá-los das eleições de 2018. É isso que a direita quer, já que não tem candidato à altura — complementou Cenci.