A jornalista Eleonora de Lucena descreveu como um “barulho forte” o som emitido pelo ataque aos ônibus da caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em entrevista ao programa Timeline da Rádio Gaúcha, Eleonora, que estava dentro do veículo, disse que os demais passageiros não imaginaram que o ruído pudesse ser de tiro.
— Embora tenha disso um ruído diferente, ninguém imaginou que pudesse ser tiro. Era um local onde a mata era muito fechada na rodovia e não dava para ver nada— relatou.
Os membros da comitiva só perceberam que se tratava de tiros quando pararam o ônibus por problemas no pneu, que havia sido furado por um miguelito.
Editora do site Tutaméia, Eleonora classifica o fato como “atentado terrorista”.
— Estou acompanhando a caravana desde Bagé e a gente está percebendo que tem um grupo que persegue, que tenta obstruir a passagem, que age da maneira violenta. Há um grupo fascista tentando atuar para impedir a caravana e provocar o terror. A gente está falando de terrorismo, de um atentado — disse.
A jornalista, que já havia sido vítima de um ataque com ovos em Santa Catarina, considera a situação preocupante.
— Eu estava saindo do hotel e fui atingida por ovos outras pessoas que foram atingidas por pedras. É uma situação muito preocupante. Não é um ataque ao Lula, é um ataque à democracia brasileira — disse.