A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffman (PR), cobrou providências das autoridades paranaenses e federais para garantir a segurança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a caravana que ele faz pelo sul do país, que se encerra nesta quarta-feira (28) em Curitiba. Na terça, dois ônibus que levavam militantes e jornalistas que acompanham Lula foram atingidos por disparos de arma de fogo no oeste do Paraná, ato classificado por Gleisi como uma "emboscada".
— Desde o Rio Grande do Sul temos alertado as autoridades, mandamos ofício ao ministro da Segurança Pública informando nosso roteiro e pedindo policiamento, mas ainda assim não temos segurança. Agora, aconteceu o cúmulo: nossa caravana foi vítima de emboscada, um atentado. Essas pessoas querem matar o presidente Lula — disse.
A senadora também cobrou uma manifestação de autoridades sobre o ocorrido.
— Eu quero saber o que as autoridades paranaenses têm a falar, bem como o ministro da Justiça, o governo brasileiro. Vamos ter que ter alguém morto nessa caravana para provar o que estamos dizendo, que estamos sendo vítimas de milícia armada? — questionou.
A presença da polícia foi intensificada na capital paranaense, após os ataques a tiros sofridos pela comitiva. A senadora disse que espera poder concluir as manifestações de forma segura.
Um dos veículos, que transportava jornalistas, foi atingido por disparos, e outro, com convidados do PT, foi alvejado por um tiro. Lula e Gleisi viajavam no único veículo que escapou ileso.
Ainda na terça-feira, o ministro da Justiça ,Raul Jungmann, disse que os ataques sofridos pela comitiva são "inaceitáveis", mas que as investigações ficam a cargo do Estado, já que não foi um crime federal.