As investigações que apuram o ataque aos três ônibus da caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seguirão à cargo da Polícia Civil do Paraná. O delegado de Laranjeiras do Sul (PR), Fabiano Oliveira, afirmou que os tiros foram disparados por alguém que assumiu o risco de matar. Ninguém ficou ferido.
— Quem quer dar susto dá tiro para cima ou para o chão. Quem atirou assumiu o risco de matar uma pessoa — disse ele, em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, na manhã desta quarta-feira (28).
De acordo com o delegado, os indícios apontam que os tiros foram disparados por mais de uma pessoa já que atingiram lados opostos dos ônibus. Oliveira não revela mais detalhes sobre a investigação. De acordo com ele, é difícil precisar o local e o horário do ataque. Os ocupantes dos veículos teriam achado que os barulhos eram de pedras e só descobriram que se tratava de tiros quando pararam em Laranjeiras do Sul. Ele acredita que os tiros foram disparados, provavelmente, no município de Espigão Alto do Iguaçu, no centro-sul do Estado.
— Será muito difícil identificar o local exato. Ainda serão feitas diligências para identificar, mas ao que tudo indica as investigações ficaram na comarca de Quedas do Iguaçu.
O delegado disse que até o momento não recebeu nenhum tipo de contato por parte do Ministério da Justiça e que o caso será tratado como se fosse com qualquer outra pessoa:
— Não é porque há um político, um ex-presidente dentro do ônibus que eu vou deixar de analisar a questão tecnicamente. É claro que eu sei da relevância do ex-presidente Lula. Não dá para ignorar o fato de ser uma pessoa que tem uma certa influência social e política, mas isso é uma análise de motivação. A questão do enquadramento inicial e da investigação é uma questão técnica. Não posso mudar essa análise por ser uma pessoa política.