Após ser exonerado do cargo de diretor-geral da Polícia Federal (PF), Fernando Segovia foi designado pelo presidente Michel Temer para exercer a função de adido da corporação na embaixada do Brasil em Roma, na Itália, por três anos. Segovia ficou à frente da PF pouco menos de quatro meses. Durante este período, protagonizou episódios polêmicos.
Entre as funções do adido estão assessorar o chefe da missão diplomática em assuntos técnicos da polícia judiciária e de segurança pública, ser um contato entre a PF e as organizações policiais locais, pesquisar a lei do país onde está e promover estudos com a finalidade de subsidiar projetos relativos ao tema no Brasil, além de comunicar fatos relacionados à segurança que possam ter repercussão no Brasil.
A decisão de retirar Segovia do comando da PF foi tomada pelo ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, após uma série de polêmicas envolvendo o delegado. No momento de maior crise, Segovia teve que se explicar ao ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, uma declaração à agência Reuters. A fala dele em uma entrevista sugeria que a tendência da PF era recomendar o arquivamento do inquérito contra o presidente Temer no caso do decreto dos Portos.
O Diário Oficial da União desta quinta-feira (1º) traz também o decreto que nomeia Rogério Galloro para exercer o cargo de diretor-geral da PF. A troca no comando foi anunciada na terça-feira (27), e foi um dos primeiros atos do ministro Jungmann.