O presidente Michel Temer negou, em entrevista à rádio Jovem Pan, nesta quarta-feira (28), que a nomeação de Fernando Segovia, exonerado do cargo de diretor-geral da Polícia Federal, tenha tido algum objetivo político. O presidente afirmou que a saída de Segovia, anunciada com a migração de Raul Jungmann para o Ministério da Segurança Pública, foi "ajustada".
— Não houve exatamente uma dispensa, houve um ajustamento de modo que o Segovia vai acabar indo para Roma. Foi uma coisa ajustada pelo novo ministro, que deve ter realmente a sua equipe — disse Temer, confirmando que deu aval para a saída de Segovia do cargo.
O peemedebista disse que, na época, o nome de Segovia, junto com outros dois, foi trazido por cinco ou seis associações da corporação.
O ex-diretor-geral da PF foi alvo de críticas por ter despachado com Temer fora de agenda oficial e por ter declarado que não havia provas contra o presidente em um inquérito conduzido pela corporação.
— Ele fez um trabalho muito correto e adequado — disse Temer. O presidente negou também que houve influência política na nomeação.
Na entrevista, Temer afirmou que a escolha do delegado Rogério Galloro para a direção do órgão foi "meramente profissional".