O ministro da Defesa, Raul Jungmann, assumirá o Ministério Extraordinário da Segurança Pública. A criação da nova pasta deve ser anunciada nesta segunda-feira (26). Nos próximos dois dias, será editado um decreto para a criação dos cargos do órgão. A estrutura será composta de ministro, secretário e nove assessores. Os demais, segundo ele, serão feitos por meio de transposição da Justiça para a Segurança Pública.
O nome de Jungmann sempre foi o preferido do governo para a nova pasta que será responsável por Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Departamento Penitenciário Nacional e Secretaria de Segurança Pública, hoje vinculadas ao Ministério da Justiça. O general Joaquim Silva e Luna deverá se tornar o titular do ministério da Defesa, onde ele hoje é secretário-geral.
No domingo, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, confirmou que o presidente Michel Temer concluiu o processo de deliberação e revisão do texto da medida provisória que cria a nova pasta.
— A relevância e urgência falam por si mesmos, a intervenção no Rio tornou mais imediata essa medida. Vários Estados estão preocupados com segurança pública — afirmou Torquato ao deixar o Palácio do Jaburu, após reunião com o presidente Temer e outros ministros.
Sobre o nome para assumir o ministério, Torquato não confirmou a indicação de Jungmann, mas disse que Temer busca um perfil de fácil interlocução com Congresso e com os governadores.
— É importante que seja um nome reconhecido pelos governadores dos Estados — disse.
Segundo o ministro, o presidente irá conversar com os governadores sobre o novo ministério. Ele esclareceu que o ministro da Segurança Pública não vai atuar no lugar dos governadores, mas sim em cooperação com eles.