O presidente Michel Temer confirmou neste sábado, no Rio, a criação do Ministério Extraordinário da Segurança Pública. O anúncio foi feito logo após reunião com o governador Luiz Fernando Pezão e o prefeito da cidade, Marcelo Crivella. O encontro tratou da intervenção federal no Estado.
Temer qualificou a ação no Rio como "parcial e cooperativa". Disse que a medida serve para proteger principalmente os mais vulneráveis e que o problema no território fluminense deve ser contido para que a crise de segurança não se espalhe para outros Estados.
— No instante em que as coisas desandem aqui, a tendência é que venham a desandar nos outros Estados — disse o presidente.
Temer disse que a nova pasta vai coordenar a área de segurança em todo o país, mas sem se chocar com as atribuições dos executivos estaduais.
O presidente chegou ao Palácio Guanabara, sede do governo do Rio, por volta do meio-dia deste sábado (17). Acompanhado dos ministros da Fazenda, Henrique Meireles, e da Secretaria-Geral da Presidência República, Moreira Franco, ele participou de reunião para detalhar o decreto de intervenção federal publicado na sexta-feira (16).
A comitiva foi recebida pelo governador Luiz Fernando Pezão e pelo prefeito do Rio, Marcelo Crivella. Desde cedo, interventor da segurança no Rio, general Walter Braga Netto, já estava reunido com o governador.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse após a reunião que a situação no Rio é reflexo da crise financeira atravessada pelos Estados. Avaliou ainda que, após a reorganização das finanças, as unidades da federação terão melhores condições de investir em segurança.