O ministro da Defesa, Raul Jungmann, confirmou que os mandados coletivos que serão expedidos durante a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro serão apenas de "busca e apreensão" e não de prisão, como havia dito mais cedo. A pasta já havia emitido uma nota para esclarecer o assunto. Questionado se o governo estava recuando após a repercussão negativa, Jungmann negou e disse que houve um "mal entendido".
— O mandado será de busca e apreensão, a partir de uma ordem judicial e acompanhado pelo Ministério Público — esclareceu.
Mais cedo, ao final da reunião no Alvorada, Jungmann anunciou que o governo federal ia ingressar com petição na Justiça Estadual do Rio de Janeiro, para que se possa ter "mandados coletivos de busca, apreensão e captura", como uma possível medida extra por conta da intervenção.
Operação
O ministro também reforçou que a operação conjunta realizada nesta segunda-feira pelas Forças Armadas e as polícias do Rio já estava prevista e faz parte do plano da Garantia da Lei e da Ordem, em vigência desde o ano passado.
— Não dava para planejar isso em 24, 48 horas — disse.
Segundo ele, a ação consiste em bloquear todas as rodovias de acesso ao Rio de Janeiro e também naqueles pontos das rodovias onde há maior número de roubos de carga.
Três mil militares das três Forças estão fazendo pontos de bloqueio com veículos blindados e aeronaves em acessos ao Rio pela BR-101, no norte e no sul do Estado; na BR-116, nas divisas nordeste e ao sul e na Baixada Fluminense, e na BR-040, no oeste do Estado.