O advogado Ricardo Tosto, um dos defensores do deputado Paulo Maluf (PP-SP), afirmou que o parlamentar está "muito abalado" com a ordem de prisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar classificou a decisão como "uma grande injustiça" e que, em respeito à Corte máxima, decidiu se entregar à PF nesta quarta-feira (20).
— Dr. Paulo está muito abalado. As pessoas não sabem, mas há poucos dias ele fez um tratamento de radioterapia junto ao Sírio-Libanês no hospital. Ele está arrasado, não esperava, nenhum de nós esperava essa prisão, visto que tem embargos infringentes que são de competência do Pleno. Isso tinha que ir para o Pleno e o Pleno decidir — afirmou.
Quatro advogados acompanharam Maluf na PF. O deputado e ex-prefeito de São Paulo (1993-1996) foi condenado pela 1ª Turma do STF a uma pena de sete anos, nove meses e 10 dias pelo crime de lavagem de dinheiro. A condenação foi imposta no dia 23 de maio, mas ainda estava sob pendência de embargos infringentes na ação penal 863.
Na terça-feira (19), Fachin argumentou que o plenário do STF, ao julgar uma questão de ordem no processo do mensalão, firmou o entendimento de que cabe ao relator da ação penal originária analisar monocraticamente a admissibilidade dos embargos infringentes opostos em face de decisões condenatórias. Diante disso, determinou a prisão imediata em regime fechado de Maluf.