Uma reunião entre professores ligados ao Cpers-Sindicato e o deputado estadual e líder do governo na Assembleia Legislativa, Gabriel Souza (PMDB), foi marcada para o final da tarde desta terça-feira (7) em Porto Alegre. O acordo para um encontro surgiu após um grupo de docentes invadir o gabinete do parlamentar, no final da manhã.
Os professores exigiam um encontro ainda nesta terça com o governo gaúcho para discutir a greve da categoria, que já dura mais de dois meses. O deputado concordou com a reunião, mas somente após a desocupação do gabinete. Os docentes deixaram o local durante a tarde.
Pela manhã, o Cpers-Sindicato fez uma proposta com vários pontos ao governo do Estado. Os grevistas sugerem que parte das aulas seja recuperada em 2017, e o restante em 2018. Entretanto, a categoria não abre mão de do período de férias de 45 dias entre janeiro e fevereiro do ano que vem. Sendo assim, o calendário letivo de 2017 terminaria em meados de março e parte das atividades de 2018 seriam postergadas.
A secretária-adjunta de Educação, Iara Wortmann, mostrou-se surpresa com a proposta, mas disse que vai analisar o tema junto ao secretário da Educação, Ronald Krummenauer, e o chefe da Casa Civil, Fábio Branco. Ela não havia dado prazo para uma resposta do governo.
Outros pontos apresentados pelo Cpers preveem pagamento do 13º salário até o dia 20 de dezembro, garantia de fim do parcelamento dos salários e manutenção da data de pagamento dos salários do funcionalismo. Os professores também não querem a extinção da licença-prêmio e da alteração do tempo de serviço para contribuição previdenciária.
