A base aliada do governo Temer conseguiu barrar a segunda denúncia contra o presidente, na noite desta quarta-feira (25), na Câmara dos Deputados. Mesmo com um número de fiéis abaixo do esperado, Temer conseguiu 215 votos sim ao parecer de Bonifácio de Andrada, aprovado no Conselho de Constituição e Justiça da Casa (CCJ), que recomendou a rejeição da continuidade do processo contra Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral). A oposição conseguiu 233 votos. Placar também registrou 25 ausentes e duas abstenções.
A segunda denúncia contra o presidente Michel Temer foi barrada matematicamente, às 20h34min desta quarta-feira (25), na Câmara dos Deputados. O somatório dos votos favoráveis ao parecer do relator Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) — que recomendou a rejeição do processo contra Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral) — dos ausentes e das abstenções chegou a 172. O voto "sim" — favorável ao presidente — foi o de número 157. Somando esse valor com as 14 ausências e uma abstenção, naquele momento da votação, a vitória da oposição tornou-se inviável. Com esse placar, a oposição não conseguiria mais o número mínimo de votos para garantir o prosseguimento da peça acusatória: 342.
Após o arquivamento da denúncia, caberá ao presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), notificar o relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, que determina a suspensão da denúncia por obstrução da Justiça e organização criminosa até o fim do mandato de Temer — 31 de dezembro de 2018.
A sessão desta quarta-feira na Câmara, que começou pouco depois das 9h, teve um início agitado em razão da manobra da oposição, com o apoio inesperado de alguns parlamentares da base aliada do governo Temer. Deputados que queriam atrasar a votação não registraram presença no Plenário, inviabilizando o começo da votação em razão da falta de quórum — a previsão já era de nova vitória do Planalto, mais magra em comparação à votação da primeira denúncia. A sessão foi mais esvaziada com a notícia de que Temer foi levado para o Hospital do Exército, em Brasília. O presidente foi internado com desconforto urológico, mas passa bem e deve receber alta ainda nesta quarta-feira.