O criminalista Eduardo Pizarro Carnelós é o novo defensor de Michel Temer. Ele foi indicado pelo advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, que renunciou à defesa do presidente alegando "conflito ético" porque já defendeu o doleiro Lúcio Funaro – delator que imputa ao peemedebista envolvimento em esquemas de corrupção e enriquecimento ilícito.
Nesta sexta-feira (22),, Temer reuniu-se com Mariz no escritório do criminalista, que ocupa andar inteiro de um prédio da Avenida Paulista esquina com a Alameda Campinas. À reunião estava presente Carnelós. Nela, Temer disse a Mariz que "não abre mão" de seu concurso em outros casos.
Carnelós foi apresentado ao presidente na sexta-feira (15). Temer estava em sua residência, em São Paulo, onde recebeu Mariz e Carnelós por mais de uma hora.
No encontro da semana passada, ficou ajustado preliminarmente que Carnelós assumiria a defesa do presidente, o que ficaria condicionado à remessa ou não à Câmara da nova denúncia do então procurador-geral da República Rodrigo Janot.
Nesta quinta-feira (21), por 10 votos a 1, os ministros do Supremo Tribunal Federal rejeitaram questão de ordem da defesa do presidente, ainda sob tutela de Mariz, que pretendia barrar a denúncia de Janot sob alegação de que ele incluiu na acusação fatos anteriores ao mandato de Temer na presidência.
A denúncia, por organização criminosa e obstrução de Justiça, chegou à Câmara às 20h31min desta quinta. Consolidou-se, então, a substituição na defesa do peemedebista.