Na véspera de uma reunião que deverá reunir as principais lideranças tucanas para discutir o possível desembarque do PSDB da base aliada do governo do presidente Michel Temer (PMDB), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), reiterou o compromisso do partido com as reformas e adiantou que não vê motivo para o PSDB participar do governo depois da votação da reforma trabalhista e após ficar claro se a reforma da Previdência vai prosperar ou não, o que, na sua previsão, deve ser conhecido em pouco tempo.
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Após assistir ao desfile cívico em homenagem aos combatentes da revolução constitucionalista de 1932, neste domingo em São Paulo, Alckmin citou ainda que o partido deve aguardar a reforma política, que "também tem data". Na sua avaliação, os tucanos devem ajudar o Brasil, "mas sem precisar participar do governo".
Questionado sobre se este é o momento certo para o PSDB sair da base aliada que dá sustentação ao governo Temer, Alckmin respondeu que por ele encerraria a aliança, mas ponderou que o partido tem responsabilidade com o país e que um eventual desembarque pode gerar tumulto num momento em que o governo federal já encontra dificuldades para aprovar a reforma trabalhista.
– Eu encerraria. Vamos ter na terça-feira a decisão da questão trabalhista. É questão de semanas (para o PSDB tomar uma decisão). Olha que não fui favorável a entrar no governo, mas acho que nós deveremos encerrar esse período (das reformas). Depois disso, vejo que não há nenhuma razão para o PSDB participar do governo – acrescentou.
Alckmin voltou a defender que o compromisso de seu partido não deve ser com o governo e muito menos com cargos e indicou, ainda, que a decisão de seu partido sobre a permanência ou não na gestão do peemedebista é questão de semanas.
– Aliás, lá atrás (desde que Temer assumiu o comando do país) já tinha defendido que nós deveríamos aprovar todas as medidas de interesse do Brasil, as reformas, sem participar com cargos no governo – frisou o governador.
Alckmin não confirmou se a reunião de emergência prevista para segunda-feira em São Paulo e que deverá reunir as principais lideranças tucanas, como governadores e parlamentares, está confirmada. Ele adiantou, porém, que este encontro não deverá ser o que baterá o martelo sobre os rumos da aliança do partido com o governo Temer.