O governador José Ivo Sartori evitou indicar, na manhã desta segunda-feira, se as negociações das dívidas dos Estados com a União terminarão após a reunião com o presidente interino Michel Temer. No entanto, em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, destacou que as tratativas já haviam avançado "bastante" no governo Dilma Rousseff, com o então ministro da Fazenda Nelson Barbosa.
– Temos que sair dessa com uma nova relação federativa no país – definiu Sartori, que está em Brasília para a reunião com Temer, que ocorrerá nesta segunda-feira e terá a presença de outros governadores.
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Na entrevista, o peemedebista também frisou que as dificuldades de todo o país, como desaquecimento da economia, retração da indústria e queda dos investimentos, afetam o Rio Grande do Sul. Além disso, ao ser perguntado se o Estado poderia tomar alguma decisão semelhante à ação do Rio de Janeiro, que decretou calamidade pública para forçar a liberação de socorro financeiro da União, o governador ressaltou que cada ente da federação enfrenta percalços diferentes.
– A gente sabe que o Rio de Janeiro tem a Olimpíada, que é uma questão nacional. Interessa a todo o país e não apenas ao Rio. O que corre entre os governadores é tratar todos de maneira igual, mas há problemas diferenciados. O Rio Grande do Sul, por exemplo, tem a parte da perda da Lei Kandir, que, no ano passado, representou a baixa de R$ 3,8 bilhões – explicou.
Sartori ainda foi questionado sobre o anúncio de um novo pacote para a área de segurança pública, que englobaria medidas como a contratação de mais policiais e aumento do valor reservado pelo Piratini para pagamento de horas-extras aos servidores da área. O governador evitou mencionar o dia em que a ação será divulgada, mas ponderou que poderá haver alguma novidade nesta semana.