Reunido com advogados em sua casa desde que foi notificado sobre a liminar que determinou o seu afastamento do mandato de deputado federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) deverá entrar com recurso para tentar reverter a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki.
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Conforme a assessoria de imprensa do peemedebista, a notificação da liminar foi recebida por ele com "calma e tranquilidade".
Apesar da grande movimentação em frente à sua casa, Cunha não deixou a residência, localizada na Quadra 12, no Lago Sul, em Brasília. Ele deve permanecer no local até o final da sessão de análise de outro pedido de afastamento do cargo da presidência da Câmara dos Deputados, marcada para a tarde desta quinta-feira.
Apresentada pela Rede Sustentabilidade, a ação que será analisada afirma, entre outros pontos, que Cunha está na linha sucessória da Presidência da República e, por ser réu em processo criminal, não poderia ocupar o comando do país em eventuais afastamentos do titular.
Já a determinação de Teori atende a uma ação procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enumerou, em ação de dezembro de 2015, em petição ao Supremo Tribunal Federal (STF), 11 motivos para o "necessário e imprescindível" afastamento do presidente da Câmara.