A população de Porto Alegre decidiu renovar boa parte dos seus vereadores nesta eleição. Das 35 cadeiras da Câmara Municipal disponíveis a partir de 2025 — uma a menos do que na atual legislatura — 40% serão ocupadas por novos nomes em relação à nominata atual.
Esse percentual é similar ao verificado quatro anos atrás, quando ficou em 44%, mas superior ao registrado em 2016, quando foi de 30,5%.
Quanto à divisão das vagas por partidos, PT e PSOL emplacaram um eleito a mais do que na legislatura anterior cada um, e serão as siglas com maior presença em plenário (desconsiderando-se, para permitir a comparação com a eleição passada, a formação de federações partidárias). A nova Câmara será, também, menos fragmentada.
Nomes conhecidos, como Mônica Leal (PP), Biga Pereira (PCdoB), Lourdes Sprenger e Idenir Cecchim (MDB) e Adeli Sell (PT) ficaram como suplentes, e poderão voltar à Câmara apenas se os eleitos deixarem as vagas. Os vereadores que decidiram não concorrer ou foram incapazes de renovar o mandato abriram espaço para 14 novatos. O PT é o partido que mais emplacou novidades no plenário, com três estreantes: Alexandre Bublitz, Juliana Souza e Natasha. MDB, PP, PSOL e Republicanos elegeram dois novatos cada.
Depois de PT e PSOL, na lista das maiores bancadas partidárias aparece o PL, com quatro eleitos. Em seguida, com três, vêm PSDB, Republicanos, PP e MDB. O PL registrou o maior salto entre as legendas: conquistou uma cadeira na eleição passada, e agora avançou para quatro. Esse levantamento considera a distribuição de vagas no momento da divulgação dos resultados, sem levar em conta eventuais trocas de partido ocorridas ao longo da legislatura.
Outra característica do novo plenário é uma menor fragmentação entre os partidos — eram 18 siglas quatro anos atrás, e agora serão 13. Se for considerada a formação das federações, porém, que unem legendas com afinidade programática, haverá 11 representações políticas no Legislativo municipal.
A Câmara de Porto Alegre reduzirá o número de vereadores em uma cadeira, a partir do ano que vem, quando os recém-eleitos tomarão posse, em razão da diminuição da população captada pelo Censo de 2022. A alteração nos assentos da Câmara conforme o tamanho do número de habitantes do município é uma exigência legal, prevista na Constituição.