Após atacar policiais federais com tiros de fuzil e granadas e resistir à prisão, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) vai passar por uma audiência de custódia no começo da tarde desta segunda-feira (24). Cumprida a etapa da oitiva, o ex-parlamentar deverá ser levado para o presídio Bangu 8, no Complexo de Gericinó, onde esteve preso no ano passado. Esta unidade prisional é conhecida por ser destino de políticos investigados ou condenados.
Além da revogação da prisão domiciliar por infringir as regras desse regime de detenção, ele deverá responder por tentativa de homicídio contra quatro policiais federais. Os agentes foram até a residência do petebista em Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro, no domingo, para cumprir mandado de prisão contra ele.
A Superintendência da PF no Rio de Janeiro, responsável pelo cumprimento das ordens judiciais, informou que a direção está definindo como será o indiciamento. Roberto Jefferson se entregou à Polícia Federal no início da madrugada desta segunda e foi levado ao presídio de Benfica, na zona norte do Rio.
Além da prisão determinada por medida do Supremo Tribunal Federal (STF) ainda na manhã do domingo, o político também teve nova prisão em flagrante determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, por suspeita de tentativa de homicídio dos policiais federais em reação à ordem de prisão anterior.
Manifestações dos presidenciáveis
O presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou o desfecho do caso: "Como determinei ao ministro da Justiça, Anderson Torres, Roberto Jefferson acaba de ser preso. O tratamento dispensado a quem atira em policial é o de bandido. Presto minha solidariedade aos policiais feridos no episódio". Bolsonaro tentou se desvencilhar da imagem de aliado de Jefferson, alegando que não teria fotos ao lado do ex-deputado preso.
Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vinculou o episódio a uma "parcela raivosa" da população surgida durante o governo de Bolsonaro. Lula declarou que “não é um comportamento adequado, nem normal” os disparos do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) contra agentes da Polícia Federal (PF).