A Polícia Federal apreendeu, no domingo (23), com o ex-deputado Roberto Jefferson, uma coleção de munições de grosso calibre acondicionadas em caixas. O arsenal confiscado incluiu o fuzil 762, com mira telescópica, que ele usou para atacar policiais federais que foram à sua residência, no município de Levy Gasparian, interior do Rio de Janeiro, para prender o petebista. O armamento ainda inclui uma pistola que estava na posse do político.
A ofensiva do ex-presidente do PTB ao resistir à prisão deixou dois policiais feridos — a agente Karina Miranda e o delegado da Polícia Federal Marcelo Vilela. A Polícia Federal indiciou Jefferson por quatro tentativas de homicídio — imputações ligadas não só aos atingidos por estilhaços da granada arremessada pelo ex-deputado, mas também a dois agentes que estavam em uma viatura, mas não foram atingidos.
A ordem que mandou Jefferson de volta à prisão foi assinada pelo ministro Alexandre de Moraes na noite de sábado (22), em razão do descumprimento reiterado de medidas cautelares que permitiam ao ex-deputado cumprir prisão domiciliar desde janeiro, como a proibição de uso de redes sociais.
Depois de resistir à prisão por horas, Jefferson foi preso no início da noite de domingo. Ele está detido no presídio José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte do Rio. Na tarde desta segunda-feira (24), o ex-deputado seria submetido a uma audiência de custódia, durante a qual um juiz decidiria se mantém a sua prisão.
Após a resistência de Jefferson e a ofensiva do ex-parlamentar contra a PF, o ministro Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Federal cumprisse a ordem de prisão preventiva por ele expedida e/ou prendesse o político em flagrante delito. Segundo o magistrado, a conduta de Jefferson, ao atirar nos agentes policiais, pode configurar, em tese, tentativa de duplo homicídio.