
Um dia após o primeiro debate presidencial do segundo turno na TV, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cumpriu agenda em São Mateus, na zona leste de São Paulo. Ele participou de uma caminhada com apoiadores, acompanhado do candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB), do candidato ao governo de São Paulo Fernando Haddad (PT), do presidente do PT estadual, Luiz Marinho, e do deputado federal eleito Guilherme Boulos (PSOL-SP).
Em pronunciamento, Lula pediu ajuda dos apoiadores para convencer indecisos.
— Precisamos virar pessoas, pessoas que estão em dúvida, que não quiseram votar — pregou.
O candidato ainda fez um apelo para que apoiadores não aceitem "provocação de bolsonarista". Durante esta campanha, houve diversas ocorrências de confrontos, alguns até fatais, entre eleitores de Lula e apoiadores do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro.
— Se encontrarem bolsonarista nervoso, pergunte para eles qual obra Bolsonaro fez em São Paulo — sugeriu.
Lula voltou a prometer, se eleito, garantir "o churrasquinho" do fim de semana. O tema foi alvo de críticas por parte de Bolsonaro no confronto do domingo (16).
— Eles ficam muito irritados quando falo para eles que a gente vai gerar emprego, distribuição de renda, melhorar salário. Vamos voltar logo logo a reunir a família no sábado para fazer um churrasquinho — disse Lula, ao criticar os altos preços das carnes.
No debate de domingo, Bolsonaro afirmou que os eleitores não precisam "acreditar em promessa de picanha", em referência à frase usada frequentemente por Lula. A inflação dos alimentos é usada para criticar a gestão do candidato à reeleição.
No evento desta segunda, Lula voltou a dizer que, se eleito, "vai fazer o que já fizemos uma vez". Ele disse, no entanto, que é preciso "paciência" porque o país, segundo ele, está quebrado.