O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou na noite desta terça-feira (11) que vai retomar o investimento no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), na construção civil e na indústria naval para gerar empregos. A declaração ocorreu em comício em Belford Roxo, na Baixada Fluminense.
— A criação de empregos está ligada à política de distribuição de renda e a inclusão do povo no Orçamento. No nosso governo, entregamos 13,8 mil obras do PAC. Vamos usar a agilidade da construção civil para gerar parte dos empregos que a sociedade civil precisa — disse Lula durante o comício.
O petista afirmou ainda que pretende investir na indústria de óleo e gás.
— Vamos recuperar a indústria naval e de óleo e gás nesse país. Pra mim, emprego é obsessão. Cabe ao Estado brasileiro tomar iniciativa e convencer a iniciativa privada a fazer os investimentos — disse.
O prefeito de Belford Roxo, Waguinho (União Brasil), exaltou o candidato à Presidência e fez críticas ao atual governo. Ele evocou o voto em Lula "para derrotar o governador ditador que está no Brasil".
— O presidente Lula é quem vai mudar essa história no nosso país. A paz vai voltar a reinar no nosso país. A democracia vai voltar a reinar no nosso país. O direito à universidade para os nossos jovens vai voltar a reinar no nosso país. O Fies, o Prouni, as escolas técnicas, as universidades federais — disse Waguinho.
Ao lado de Waguinho e do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), Lula afirmou que, caso eleito, vai mudar a relação do governo federal com as prefeituras e os governos de Estado.
— Eu não consigo conceber que um presidente da República possa governar sem relação com os prefeitos. No meu governo, os prefeitos tinham uma sala na Casa Civil. Eu dizia para os prefeitos: não venha fazer discurso para pedir dinheiro, me traga projeto — disse.
O petista criticou a atual relação do governo federal com as prefeituras e com os governos estaduais:
— Não é o presidente da República ou governador que entendem os problemas da cidade, é o prefeito. Na cabeça do atual presidente não existe prefeitura, governo estadual, sindicatos e sociedade civil.