Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) foram ao encontro de seu eleitorado nesta terça-feira (11), em busca de conquistar mais votos para o segundo turno das eleições. Enquanto o petista optou por fazer atos de campanha no Rio de Janeiro, o candidato à reeleição visitou a região sul do país, passando por Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Confira, a seguir, como foi a terça-feira dos dois concorrentes ao Planalto — na ordem do resultado das urnas no primeiro turno.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
O petista realizou uma caminhada em Belford Roxo, no Rio de Janeiro, na tarde desta terça-feira. Em cima de um carro, ao lado do prefeito Waguinho (União Brasil), ele discursou aos apoiadores e voltou a dizer que pretende retomar o Minha Casa, Minha Vida e investir na indústria naval fluminense, além de dar incentivos a programas de inclusão social e no setor cultural.
— Vamos tratar as cidades como parceiras. Não é possível o Brasil estar bem se a cidade não está bem. Os prefeitos têm que ser muito respeitados. É com o prefeito que a gente tem que trabalhar — afirmou.
Além de prometer mais recursos para o Rio de Janeiro, caso seja eleito, o ex-presidente defendeu a parceria entre os municípios e o governo federal para o desenvolvimento dos Estados:
— É na cidade que pessoas brigam por saúde, por asfalto e por segurança. O presidente da República precisa governar junto com o prefeito porque é para o prefeito que chega a reclamação.
Logo após, Lula concedeu entrevista a jornalistas, quando afirmou que vai manter a agenda marcada para Maceió na quinta-feira (13), às 16h, ao lado do governador de Alagoas e candidato à reeleição, Paulo Dantas (MDB). O petista defendeu o direito de defesa de Dantas, afastado do governo por ordem judicial, e reforçou seu apoio, ressaltando que espera que as pessoas que foram acusadas tenham direito a recorrer à Suprema Corte e que esta "se manifeste a tempo de disputar as eleições".
Na sequência, Lula participou de um ato político, no qual enumerou realizações de seus governos no Rio e na Baixada Fluminense, além de fazer referência às origens nordestinas dos moradores da região e criticar Bolsonaro:
— Esse cidadão não tem a menor noção do que o Nordeste brasileiro significou na construção deste país, não tem a menor noção da força da cultura nordestina. E é por isso que quero dizer a vocês que quem tiver uma gota de sangue nordestino correndo nas veias não pode votar nesse cidadão para presidente da República.
Jair Bolsonaro (PL)
O candidato à reeleição esteve pela manhã em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, onde pediu apoio dos prefeitos que compareceram ao ato político promovido pela campanha de Bolsonaro. Ele afirmou que, antes de seu governo, os chefes municipais "viviam em romaria, de pires na mão em Brasília", e que, hoje, "isso acabou".
Pela tarde, o presidente se dirigiu ao Rio Grande do Sul. Ainda no aeroporto de Pelotas, ele foi recepcionado por políticos e simpatizantes. Ao lado do candidato a governador Onyx Lorenzoni (PL), Bolsonaro cumprimentou os apoiadores e passou rapidamente por jornalistas.
Questionado pelo repórter Eduardo Matos, da Rádio Gaúcha, sobre o relatório das Forças Armadas de uma auditoria feita com urnas eletrônicas durante o primeiro turno da eleição, Bolsonaro negou que tenha recebido o documento. Ele também atribuiu à imprensa a afirmação de que pretende ampliar o número de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Depois, ele se dirigiu ao parque da Fenadoce, onde discursou por cerca de 15 minutos. Ele pediu que seus apoiadores saiam às ruas e convençam amigos e familiares a votar nele no segundo turno da eleição presidencial.
— Vamos convencer um parente, um amigo que está equivocado no tocante a seu voto para votar ao nosso lado. O grande bem que está em jogo é nossa liberdade — disse Bolsonaro.
No início de sua manifestação, o presidente da República abordou a agenda de costumes. Sem citar o nome de Lula, Bolsonaro atribuiu a ele bandeiras como a legalização das drogas, o aborto e a "destruição da família". O candidato do PL também afirmou que, em caso de vitória do oponente, o Brasil terá gestão semelhante às de outros países da América do Sul, como Argentina e Venezuela.
Com uma bandeira do Rio Grande do Sul sobre os ombros, Bolsonaro ainda pediu que os apoiadores compareçam às urnas vestidos de verde e amarelo e permaneçam na região de sua seção eleitoral até a apuração dos resultados. No discurso, o chefe do Executivo ainda colocou em dúvida o número de votos recebidos pelo seu adversário no primeiro turno.