Eduardo Leite (PSDB) e Onyx Lorenzoni (PL) disputam, no domingo (30), o segundo turno das eleições para o governo do Rio Grande do Sul. Enquanto o candidato tucano se dedicou a tecer uma rede de apoio político nos últimos anos, o representante do PL apostou suas fichas no atual presidente e candidato à reeleição pelo mesmo partido, Jair Bolsonaro, colando sua imagem na do adversário de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no pleito nacional, que também será definido no domingo, com a etapa final da disputa ao Palácio do Planalto.
Em 2018, aos 32 anos, Leite se lançava em sua mais ambiciosa empreitada eleitoral até então: concorrer ao Palácio Piratini. Ao abdicar de uma reeleição dada como certa na prefeitura de Pelotas, onde encerrou o mandato com 87% de aprovação popular em 2016, o tucano projetava voos mais altos, mas sabia que uma candidatura ao governo do Estado dependia de um alinhamento político tão difícil como improvável. A questão é que a trajetória de Leite sempre foi marcada por acontecimentos improváveis. Agora, pode fazer história ao se tornar o primeiro governador reeleito do Estado.
Com mais de três décadas de vida pública, foi em 2017, aos 63 anos, que Onyx tomou a decisão que, mais à frente, o colocaria na disputa derradeira pelo comando do Executivo gaúcho: renunciou ao cargo de secretário-geral do antigo Democratas (DEM) para apoiar a candidatura presidencial de Jair Bolsonaro. O tempo mostrou que ele estava certo. A partir da vitória de Bolsonaro, jamais saiu do primeiro escalão do governo federal e ocupou cinco ministérios até se desincompatibilizar para disputar a eleição que pode levá-lo ao comando do Palácio Piratini pelos próximos quatro anos.