O candidato ao governo do Rio Grande do Sul pelo PP, Luis Carlos Heinze, defendeu nesta quarta-feira (21), em entrevista ao Gaúcha Atualidade, o investimento em escolas técnicas profissionalizantes como estratégia central para melhorar a qualidade do ensino gaúcho. O político também prometeu reformas e melhorias nos espaços físicos das escolas, caso seja eleito governador.
Questionado sobre a perspectiva salarial para os professores, Heinze disse que não é possível se comprometer com reajustes para a categoria.
— Não posso prometer isso (aumentar salário). O que estou prometendo é pagar em dia. E temos que fazer um trabalho para que a gente possa melhorar essa qualidade (do ensino), recuperar esse jovem para a escola de novo, esses que saíram. Temos meios de fazer: uma saída são os cursos técnicos e profissionalizantes. E fazer ele gostar da escola, melhorar as próprias escolas — disse.
Em relação aos salários das forças de segurança pública, Heinze também afirmou que a realidade fiscal do Estado não permite promessas de reajuste. Para melhoria desse setor, defendeu a retirada da Brigada Militar dos presídios, que passariam aos cuidados da Polícia Penal, e recolocar em atividade brigadianos aposentados.
— Já conversei com várias categorias, não prometi para ninguém reajuste. O que é mais simples fazer: botar mais gente nas ruas. Esse policiamento ostensivo da Brigada Militar, hoje tem 1,2 mil policiais dentro dos presídios. Nosso primeiro compromisso é que a Polícia Penal faça a sua parte. Segundo, utilizar brigadianos que estão na reserva para fazer serviço burocrático — disse o candidato do PP.
Em relação à políticas públicas para a cultura estadual, Heinze defendeu os mecanismo de incentivo com recursos privados, como a já existente Lei Rouanet e a Lei de Incentivo a Cultura do Rio Grande do Sul.
— Na cultura, ajudamos nessa Lei Aldir Blanc. Eu ajudei também escolas de samba, no tempo em que o (Nelson) Marchezan era prefeito (da Capital). O que a gente pode fazer é prestigiar os nossos artistas locais. O que temos que fazer é essa lei de incentivo à cultura: tem a lei federal (Lei Rouanet) e a lei estadual, que pode e deve ser utilizada.
O candidato também se posicionou de forma contrária à privatização do Banrisul e da Corsan.
O programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, já ouviu, desde a semana passada, os candidatos Ricardo Jobim (Novo), Edegar Pretto (PT), Rejane de Oliveira (PSTU) e Vieira da Cunha (PDT). Na quinta-feira (22), será a vez de Roberto Argenta (PSC) ser entrevistado.
Até o dia 28 de setembro, os 10 concorrentes com registros de candidatura deferidos serão sabatinados pelas jornalistas Andressa Xavier, Rosane de Oliveira e Giane Guerra.