O vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Ricardo Lewandowski, e a ministra Cármen Lúcia, que é membra efetiva da Corte Eleitoral, defenderam, nesta sexta-feira (30), a democracia e o processo de votação eletrônico no Brasil.
Os dois participaram, em Brasília, do segundo dia de um seminário voltado a observadores internacionais das eleições 2022. O evento começou na quinta-feira (29), quando os estrangeiros foram recebidos pelos presidentes do TSE, Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD).
Nesta sexta, Lewandowski participou de uma mesa sobre o sistema eletrônico de votação e discursou sobre o tema "as urnas eletrônicas como instrumento da expressão da soberania popular".
O ministro fez um apanhado histórico sobre a urna eletrônica, frisando que o equipamento é seguro e auditável, além de ser simples, o que favorece a acessibilidade do voto, que pode ser desempenhado pelos eleitores, dos mais aos menos instruídos, incluindo os analfabetos.
Simplicidade
Lewandowski destacou a “facilidade para votar, extrema simplicidade na expressão do voto”. Ele acrescentou que outra vantagem é a rapidez com que se sabe o resultado da votação, o que “pacifica o país”, garantiu.
— Nunca se teve nenhuma dúvida quanto a autenticidade, segurança e certeza quanto aquilo que é proclamado oficialmente pelo Tribunal Superior Eleitoral — afirmou Lewandowski.
A ministra Cármen Lúcia discursou em seguida sobre o tema “desafios da democracia no mundo e na América Latina”. Ela afirmou que, mais do que mera idealização, esse é um regime político que se vive diariamente.
— Quando falamos que a democracia é necessária, não se trata de narrativa e nem de discurso, estamos falando de que escolha temos na vida para viver — disse ela. — Qualquer comprometimento ou tentativa de botar abaixo as construções democráticas na sociedade e no Estado são graves — acrescentou a ministra do TSE.