Logo depois dos estímulos ao desenvolvimento, a área de inovação e educação recebeu a maior fatia de citações por parte dos representantes de organizações sociais de Porto Alegre. O investimento nessa área é visto como um meio de tornar a Capital uma cidade dinâmica e com maior qualidade de vida.
A estratégia começa, segundo o educador social e líder comunitário da Restinga José Ventura, por medidas práticas e básicas como melhorias na infraestrutura das escolas municipais.
- É preciso qualificar as escolas do município, principalmente aquelas localizadas em zonas bastante periféricas - afirma Ventura.
Os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) ilustram as preocupações do educador social da Restinga. A rede municipal conquistou nota 4,9 para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental no relatório do Ideb divulgado este ano e referente a 2019 - 25º pior resultado nessa faixa entre as capitais. Nos anos finais, a nota é ainda pior: 3,7, o que deixa Porto Alegre na 21ª colocação.
O reitor da PUCRS, Evilázio Teixeira, afirma que é necessário melhorar a performance dos alunos.
- É preciso melhorar os indicadores de desempenho da Capital na educação por meio de ações como investimento na formação de professores e gestores da educação, e buscar soluções com apoio da Aliança para Inovação, da qual a PUCRS faz parte - observa o reitor.
A inovação é outro ponto defendido por representantes de entidades como o Pacto Alegre e pelo diretor do Instituto Cidade Segura, Alberto Kopittke:
- Devemos aprofundar a vocação inovadora da Capital, procurando evitar que as pessoas mais qualificadas troquem Porto Alegre por outras cidades. Para isso, tem de aprofundar a integração entre universidades, empresas e poder público.