Sebastião Melo (MDB) não superou a adversária Manuela D’Ávila (PCdoB) apenas na corrida pela prefeitura de Porto Alegre. Além de garantir a cadeira como próximo prefeito da Capital, o emedebista foi mais eficiente no uso dos recursos recebidos: o custo médio de cada voto conquistado por ele foi 45% inferior ao registrado por ela.
Os números parciais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), atualizados até a tarde desta segunda-feira (30), indicam que a coligação liderada pelo PCdoB contou com pelo menos R$ 5.057.807,13 para divulgar as ideias de sua postulante ao cargo. Como obteve 307.745 votos no domingo (29), o custo médio por eleitor ficou em R$ 16,44.
Já Melo declarou até esta segunda ter recebido R$ 3.306.597,99 ao longo de toda a disputa. Como seu número foi digitado 370.550 vezes na urna eletrônica no segundo turno, precisou em média de R$ 8,92 por apoiador — ou seja, garantiu seu mandato arrecadando cerca de 45% menos por eleitor.
Esses resultados são preliminares porque o prazo-limite para prestação de contas das campanhas se encerra em 15 de dezembro, e podem sofrer alguma variação.
Pelos dados já apresentados ao TSE, os maiores doadores de Manuela D’Ávila foram as direções nacionais do PCdoB (R$ 2,954 milhões) e do PT (R$ 1,677 milhão). Na listagem também aparecem nomes como o do cantor e compositor Caetano Veloso (R$ 100 mil).
Os maiores beneficiários de Melo foram as direções nacional (R$ 1,370 milhão) e estadual do MDB (R$ 332,4 mil). Também aparecem como doadores nomes como o do empresário Jorge Gerdau Johanpetter, que contribuiu com R$ 50 mil para o concorrente vitorioso.