A Polícia Civil de Cachoeira do Sul suspeita que seja uma montagem a imagem postada por um eleitor da cidade em redes sociais. Na foto, aparece uma arma sobre uma urna eleitoral, revelando o voto feito para a eleição presidencial.
A fotografia teria sido captada dentro de cabine eleitoral. A imagem também revela que o eleitor teria votado em Jair Bolsonaro (PSL) para presidente.
O registro fotográfico teria sido feito na manhã deste domingo (7) e postado nas contas do Twitter e do Facebook de uma pessoa que se identifica como moradora da cidade.
Entretanto, o promotor Rodrigo Zílio, coordenador do gabinete eleitoral do Ministério Público no Estado afirma que há uma suspeita de que o fato não tenha ocorrido em Cachoeira do Sul. Que o eleitor utilizou uma imagem feita em outro Estado e teria indicado que foi feita da cidade gaúcha.
Conforme Zílio, em uma análise prévia da imagem, o chefe de cartório de Cachoeira afirmou que a numeração da urna não corresponde às numerações do Rio Grande do Sul.
Foi solicitada a abertura da investigação, que será feita pela Polícia Civil, porque não há delegacia da Polícia Federal em Cachoeira. Foi a promotora eleitoral Giani Pohlmann Saad que fez a requisição de abertura de inquérito.
O delegado da Polícia Civil da cidade, João Gabriel Carpeggiani Pes, confirma que não é descartada a possibilidade de ser uma montagem de uma foto capturada em outro Estado. Já que há imagens semelhantes em outras regiões do Brasil:
— Por enquanto não há confirmações. Recebemos a mesma foto que todo mundo. Vamos investigar se de fato foi tirada por alguém de Cachoeira do Sul ou se foi apenas repostada.
Giani também remeteu cópia do expediente à Procuradoria Regional Eleitoral solicitando a retirada do ar das publicações. A competência para decidir é do juiz auxiliar do Tribunal Regional Eleitoral. Três possíveis crimes devem ser apurados pela polícia: violação do sigilo do voto, ameaça a eleitores de um partido adversário e propaganda de boca de urna.
Em um primeiro balanço do domingo, a PF informou que 43 eleitores são suspeitos de crime eleitoral no Estado.