Treze governadores foram eleitos no primeiro turno neste ano, uma eleição que teve MDB, PT e PSDB como principais derrotados, até agora, nas eleições estaduais. Ao mesmo tempo, partidos como o Novo, o PSC e o PSL conseguiram emplacar no segundo turno seus candidatos em Estados como Minas, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
O número de governadores definidos é o mesmo que na disputa do primeiro turno em 2014. A esquerda venceu em sete Estados, mas ficou restrita ao Nordeste, com exceção do Espírito Santo.
Os dois partidos que formaram a chapa Dilma Rousseff e Michel Temer para a Presidência - PT e MDB - haviam eleito 12 governadores em 2014. Desta vez, só podem chegar a nove.
Os petistas sofreram derrotas importantes. A maior delas foi registrada em Minas, onde o governador Fernando Pimentel ficou de fora do segundo turno, que será disputado pelo senador Antonio Anastasia (PSDB) e pelo candidato do partido Novo, Romeu Zema. O partido perdeu o Acre, onde se mantinha no poder havia 20 anos. O PT conseguiu preservar seus três governos no Nordeste, vencendo com mais de 70% dos votos válidos na Bahia, com Rui Costa, e no Ceará, com Camilo Santana, e com pouco mais de 50% no Piauí, reelegendo o governador Wellington Dias. O partido ainda vai disputar o segundo turno no Rio Grande do Norte, com Fátima Bezerra, que enfrentará Carlos Eduardo, candidato do PDT.
A situação do MDB é um pouco melhor do que a de seu antigo aliado. Dos sete governos eleitos em 2014, o partido já perdeu nesta eleição cinco, entre eles o Rio, governado havia 12 anos pelos emedebistas Sergio Cabral Filho e Luiz Fernando Pezão. Conseguiu reeleger apenas um: Renan Filho, que obteve quase 78% dos votos válidos no Estado. No Pará e no Distrito Federal, seus candidatos — Helder Barbalho e Ibaneis Rocha — ficaram em primeiro lugar e levam para o segundo turno votações acima de 40%. No Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori alcançou pouco mais de 30%, ficando em segundo lugar, mas conseguiu conduzir a disputa adiante.
O PSDB, que elegeu cinco governadores há quatro anos, dos quais o do Paraná e o de São Paulo no primeiro turno, não conseguiu garantir ninguém no domingo (7). Vai disputar o segundo turno em seis Estados, entre eles Minas e São Paulo, onde jogará seu futuro com força nas candidaturas de Anastasia e João Doria. Seus representantes ficaram em primeiro lugar em São Paulo (Doria), Rio Grande do Sul (Eduardo Leite), Mato Grosso do Sul (Reinaldo Azambuja) e Rondônia (Expedito Júnior). E vai enfrentar candidatos do PSL de Jair Bolsonaro em Rondônia (Coronel Marcos Rocha) e em Roraima (Antonio Denarium, que defende o fechamento da fronteira para conter os refugiados da Venezuela — o Estado já recebeu cerca de 50 mil). O partido de Bolsonaro também disputará o segundo turno em Santa Catarina com o Comandante Moisés, um bombeiro militar.
O PSB foi, ao lado do PT, o partido que mais elegeu governadores neste domingo (7). Foram três: Espírito Santo (Renato Casagrande), Paraíba (João Azevêdo) e Pernambuco (Paulo Câmara), que concorria à reeleição. O PSB tem chance ainda de fazer mais dois governadores no segundo turno, pois concorre no Distrito Federal e em Sergipe. O DEM voltou aos governos estaduais, elegendo Ronaldo Caiado, em Goiás, e Mauro Mendes, em Mato Grosso, e concorre ainda no Pará e no Rio. Outros quatro partidos elegeram governadores no domingo: PCdoB (Maranhão), PSD (Paraná), PHS (Tocantins) e PP (Acre).