Numa rápida entrevista coletiva, concedida na porta de casa logo após a confirmação do segundo turno para o governo do Rio Grande do Sul, o candidato Eduardo Leite (PSDB) sinalizou como será a campanha na próxima etapa. Destacou que quase 70% dos eleitores não votaram em José Ivo Sartori (MDB) no primeiro turno, criticou a lentidão do governo nas concessões e disse que pretende buscar novas alianças.
— (A busca por apoios) É uma conversa para os próximos dias. A eleição tem dois caminhos, um que já está posto, está aí, e um caminho novo, alternativo. A população quer mais, quer uma evolução. Então vamos conversar com os partidos que estiveram no primeiro turno.
Leite também reclamou dos ataques vindos de Sartori, a quem atribuiu a divulgação de fake news a seu respeito:
— Infelizmente, no primeiro turno, o candidato Sartori em alguns momentos descambou para a política das fake news. Distorcendo fatos, informações. Nós repusemos a verdade e a população manifestou essa compreensão nos dando a liderança.
Ele citou a escalada que teve nas pesquisas, que no começo da disputa indicavam apenas 8% das intenções de voto.
O candidato manifestou preocupação com o futuro do PSDB, após Geraldo Alckmin ter o pior desempenho da história do partido numa disputa nacional, mas afirmou que não apoiará o PT.
— Vou buscar ajudar no processo de renovação e autocrítica do PSDB, acho que isso foi mal conduzido no ano passado. O senador Tasso Jereissati tentou, mas houve reações internas. Vamos discutir internamente quem apoiar no segundo turno, mas uma coisa eu garanto: o PT não pode voltar ao poder. É um retrocesso para o nosso país.