O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) voltou a se manifestar nesta terça-feira (16) a respeito de uma possível extradição do ex-ativista italiano Cesare Battisti, asilado no Brasil desde 2010. Bolsonaro escreveu no Twitter que, se eleito, extraditará Battisti "imediatamente" para mostrar o "total repúdio e empenho no combate ao terrorismo" por parte do país.
"Reafirmo aqui meu compromisso de extraditar o terrorista Cesare Battisti, amado pela esquerda brasileira, imediatamente em caso de vitória nas eleições. Mostraremos ao mundo nosso total repúdio e empenho no combate ao terrorismo."
Em seu país, Battisti foi condenado por terrorismo pelo assassinato de quatro homens nos anos 1970. A Itália insiste em sua extradição. Entre 1981 e 2004, ele esteve na França, que se recusava a enviá-lo para o país natal. O país, entretanto, reviu essa posição, o que fez Battisti viajar para o Brasil.
Em 2009, o então ministro da Justiça, Tarso Genro, concedeu asilo a Battisti alegando que o italiano não teve um julgamento legítimo. O STF tomou duas decisões sobre o tema: em novembro de 2009, anulou o pedido de asilo, mas declarou que a decisão final caberia ao então presidente Lula. Em dezembro, o STF anulou o julgamento anterior e afirmou que o Brasil deveria respeitar o tratado Brasil-Itália. No último dia de 2010, Lula referenda o asilo concedido por Tarso e, em 2011, Battisti foi libertado.
Em 4 de outubro de 2017, Battisti foi preso pela Polícia Federal na fronteira com a Bolívia na posse de US$ 6 mil e mais 1.300 euros, totalizando R$ 23,5 mil em dinheiro vivo pela cotação do dia. Ele foi solto depois, mas se tornou réu por crime de evasão de divisas.
Bolsonaro também respondeu no Twitter aos cumprimentos do vice-primeiro-ministro italiano, Matteo Salvini, sobre sua votação no primeiro turno. "Grato pela consideração de Vossa Excelência, Vice Primeiro-Ministro italiano! Um forte abraço aqui do Brasil."