O clima é de tristeza entre os simpatizantes de Fernando Haddad (PT) que acompanharam a apuração dos votos neste domingo (28). Alguns apoiadores choraram, outros se abraçaram e alguns até saíram do local antes do encerramento das apurações.
— Vamos resistir e continuar na luta. Amanhã vamos continuar — disse a um grupo o vereador da capital paulista Eduardo Suplicy.
— Estou bem, mas estou triste — disse o petista ao Broadcast Político.
Enquanto o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) fazia um pronunciamento transmitido pelas redes sociais e por canais de TV, simpatizantes do candidato derrotado soltavam gritos de "fascista" em direção a um telão que exibiu o discurso do presidente eleito.
De acordo com aliados, Haddad não deve telefonar para seu adversário cumprimentando-o pela vitória. O consenso entre correligionários do petista é que o militar reformado manteve um discurso agressivo durante a campanha. Na justiça, o PT cobra que se investigue a acusação, feita pelo jornal Folha de S.Paulo, de que a campanha de Bolsonaro recebeu apoio financeiro de empresas para disseminar mensagens difamatórias contra Haddad nas redes sociais. A prática, se confirmada, configura crime de caixa 2, pois os gastos não foram declarados na campanha de Bolsonaro.