Quarto entrevistado na série do Gaúcha Atualidade com os candidatos à Presidência, João Amôedo criticou, nesta quarta-feira (26), a possibilidade de recriação de um imposto sobre movimentação financeira, nos moldes da extinta CPMF. Segundo o presidenciável, a quantidade de tributos do Brasil “tem asfixiado a economia”.
— A CPFM é um tributo que tem uma imagem muito ruim, e nós no Brasil precisamos começar o ajuste pelo corte de custos. Já trabalhamos 153 dias por ano só para pagar impostos e é isso que tem asfixiado a economia — avaliou.
— Sou favorável a uma simplificação, união do PIS/Cofins, ISS, IPI e ICMS em um único tributo — completou.
Sem coligação, Amoêdo comemorou os resultados das últimas pesquisas — que o mostraram à frente dos candidatos de MDB e PSOL — e classificou como “medida tardia” a tentativa frustrada de unir as candidaturas de centro e evitar o segundo turno entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).
— Infelizmente, quando eu olho para o lado e vejo os mesmos partidos de centro, eu tenho uma crítica muito grande às práticas que são feitas, porque elas são determinantes. Coligações como fez, por exemplo, o PSDB, com ex-mensaleiros, condenados, me parece ser muito ruim — disse.
Amoêdo também criticou o que chamou de “restrições e obstáculos” da campanha, como a falta de convites para participar de debates na TV e o curto espaço no horário eleitoral gratuito.
— Nosso eleitorado tem aparecido bastante (...) O obstáculo é muito grande, não temos espaço na televisão, eu tenho cinco segundos (no horário eleitoral). Eu, particularmente, não fui convidado para nenhum debate — criticou.
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