A Polícia Federal (PF) instaurou nesta terça-feira (25) o segundo inquérito para apurar o atentado contra o candidato do PSL à Presidência, deputado federal Jair Bolsonaro, ocorrido no dia 6 de setembro. O parlamentar levou uma facada no abdômen enquanto fazia campanha em Juiz de Fora, em Minas Gerais.
O primeiro inquérito indica que o autor do atentado, Adelio Bispo de Oliveira, agiu sozinho. O segundo procedimento, conforme fontes da PF, foi aberto porque o prazo para a investigação de procedimento aberto a partir de prisão em flagrante é curto, mesmo com a possibilidade de prorrogação.
Não há indícios de que Bispo tenha agido com outras pessoas, ainda segundo fontes da PF.
— A opção em abrir um segundo inquérito foi para que se tenha a possibilidade de trabalhar com mais calma, já que se trata de um candidato à Presidência da República líder das pesquisas de intenção de voto — diz uma das fontes. — A investigação, no entanto, aponta para atuação do que chamamos de 'lobo solitário" —acrescentou.
Desde a abertura do primeiro inquérito, ocorrida logo depois do atentado, a Polícia Federal ouviu cerca de 30 pessoas e quebrou os sigilos financeiro, telefônico e telemático de Bispo. Também não foi encontrada movimentação bancária suspeita.
Bolsonaro se recupera em um hospital em São Paulo. Na segunda-feira (24), na primeira entrevista que deu depois do episódio em Juiz de Fora, à rádio Jovem Pan, o deputado disse que seu agressor não agiu sozinho. O autor do atentado está preso em um presídio federal em Mato Grosso do Sul.