A coligação O Brasil Feliz De Novo (PT/PCdoB/Pros) manteve o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no centro dos holofotes na propaganda eleitoral veiculada na tarde desta terça-feira (4) em cadeia nacional de TV. Na segunda-feira, o ministro Sérgio Banhos, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), havia determinado a suspensão de inserções televisivas estreladas por Lula, preso e condenado a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A propaganda eleitoral exibida na terça-feira abriu com uma mensagem por escrito e lida por uma locutora que diz que a "ONU já decidiu que Lula poderia ser candidato e eleito presidente do Brasil", e que a coligação vai seguir lutando por este direito.
Em seguida, Lula fala diante de um microfone, e são recuperadas imagens do presidente em meio a apoiadores. Na sequência, Fernando Haddad (PT) é apresentado como "vice-presidente" na chapa. A propaganda, entretanto, não apresenta Lula como candidato. Os cartazes carregados por apoiadores exibidos no programa pedem "Lula Livre", sem declaração explícita da campanha para presidente.
Em mensagem enviada à reportagem, a assessoria de imprensa da coligação informa que "A aparição do ex-presidente na propaganda não foi vetada. A propaganda segue as determinações do TSE."
Quem também se aproveitou da imagem do ex-presidente Lula foi Henrique Meirelles (MDB), que, em sua propaganda na TV na terça-feira, mostrou fotos abraçado ao ex-presidente e mencionou sua participação na viabilização dos programas Bolsa Família e Prouni durante o governo do petista, quando foi presidente do Banco Central.