O É isso mesmo?, mecanismo de checagem de GaúchaZH, entra em nova fase nesta quinta-feira (16), com foco na cobertura eleitoral. Para isso, ganha o reforço dos repórteres do Grupo de Investigação da RBS (GDI), que conferem as declarações dos candidatos ao governo do Estado no primeiro debate da campanha eleitoral para o governo do Rio Grande do Sul, na Rádio Gaúcha.
Participaram do debate, mediado por Daniel Scola, os candidatos Eduardo Leite (PSDB), Jairo Jorge (PDT), José Ivo Sartori (MDB), Julio Flores (PSTU), Mateus Bandeira (Novo), Miguel Rossetto (PT), Roberto Robaina (PSOL).
Confira, abaixo, declarações checadas pelos jornalistas Angela Chagas, Carlos Rollsing, Eduardo Matos, Fábio Almeida, José Luís Costa, Jocimar Farina e Juliana Bublitz.
Mateus Bandeira (Novo)
Eu tenho muito orgulho de dizer que, nesses três anos em que eu dirigi o Tesouro e o Planejamento, foram os únicos três anos nas últimas duas décadas em que as contas estiveram no azul.
É verdade
Em 2007, 2008 e 2009, nos primeiros três anos do governo de Yeda Crusius (PSDB), o Estado fechou as contas com saldo positivo, conforme os Relatórios Resumidos de Execução Orçamentária com dados de janeiro a dezembro de cada ano, disponíveis no site da Secretaria Estadual da Fazenda. Em valores nominais, houve superávit orçamentário de R$ 890,24 milhões em 2007, de R$ 442,65 milhões em 2008 e de R$ 10,39 milhões em 2009. A última vez em que isso havia ocorrido foi em 1998, na gestão de Antônio Britto (MDB). Entre 2007 e 2008, Bandeira foi diretor do Tesouro do Estado e, na sequência, assumiu a Secretaria do Planejamento, de onde saiu em abril de 2010. No fim daquele ano, o Estado voltou a registrar déficit orçamentário, no valor nominal de R$ 156,52 milhões.
Nós colocamos uma parceria público-privada de pé no sistema prisional, inspirada nos modelos mais avançados e exitosos do mundo, (...) que o governo seguinte, do governador Tarso Genro, tratou de cancelar.
É verdade
Bandeira realmente coordenou o projeto das PPPs na gestão da governadora Yeda Crusius (PSDB) e foi à Europa para conhecer exemplos no sistema prisional. Em fevereiro de 2010, foi feito o anúncio de penitenciárias em Canoas. Na época, Yeda e o então prefeito de Canoas, Jairo Jorge, assinaram acordo para instalar um complexo prisional para 3 mil vagas, em regime de parceria público-privada (PPP). A cadeia ficaria pronta em fevereiro de 2012.
Em maio de 2011, um novo projeto substituiu a PPP. O governador Tarso Genro desistiu da proposta de PPP e anunciou um presídio para jovens adultos (18 a 24 anos) com 600 vagas em regime fechado e 108 para o semiaberto. Mas o governo federal vetou esse tipo de cadeia, e surgiu um novo projeto: quatro unidades para 2,8 mil presos em regime fechado ao custo de R$ 122 milhões. Em julho de 2013, ocorreu a construção sem licitação da Penitenciária 1 de Canoas.
Critérios de classificação
É verdade
A informação está correta e corresponde a dados e estatísticas oficiais.
Não é bem assim
Apenas parte da sentença está correta.
Não procede
O interlocutor está equivocado na informação que afirma.
Veja também
O GDI chegou as declarações dos outros candidatos presentes no debate. Confira: