As vésperas de mais uma disputa eleitoral, o cansaço em relação à corrupção endêmica impera no Brasil, mas isso não significa que as pessoas queiram distância da campanha prestes a começar – pelo menos não no Rio Grande do Sul. Pesquisa inédita realizada pelo Grupo RBS indica que mais de 70% dos gaúchos ouvidos não só têm interesse nas eleições deste ano como almejam uma cobertura jornalística neutra, educativa e capaz de conter o avanço das fake news.
Executado em abril deste ano, o levantamento foi um esforço do setor de Inteligência de Mercado da RBS para saber o que leitores, ouvintes e telespectadores pensam sobre o cenário político atual e o que esperam do trabalho de jornalistas e comunicadores da empresa. A consulta envolveu 595 moradores da Capital e do Interior, com idades acima de 16 anos.
— Queríamos saber exatamente o que se passa na cabeça do nosso público para, a partir daí, planejar uma cobertura jornalística sob medida, capaz de fazer a diferença — afirma a diretora de Jornalismo de Rádio e Jornal do Grupo RBS, Marta Gleich.
As respostas mostram pessimismo em relação à situação do país e do Estado, que se traduz no anseio por transformações – com reflexo no processo eleitoral. Embora a maioria dos entrevistados associe política a corrupção, 58% garantem se importar com o tema e 53% assumem que, se conhecessem mais sobre a questão, votariam com maior segurança. A palavra mais citada para definir o que esperam do próximo pleito é mudança.
Quanto à conjuntura específica do Rio Grande do Sul, que testemunha o agravamento da crise financeira, 58% dos participantes da enquete concluem que o cenário piorou nos últimos três anos. Indagados sobre os principais problemas do Estado, apontam a educação como a área mais carente de atenção.
Informação plural em todas as mídias
Outro motivo de inquietação é o impacto das notícias falsas na campanha. Em tempos de desinformação crescente, 73% dos ouvidos querem a verificação da veracidade das falas dos candidatos e reivindicam cobertura imparcial – apenas 5% classificam a opinião pessoal dos jornalistas como algo positivo. Objetividade, neutralidade e compromisso com a verdade são atributos destacados como essenciais.
No combo dos desejos, entra ainda a predileção por pautas educativas. Para 47% dos entrevistados, é importante compreender melhor o sistema político-partidário, a composição do Congresso e as atribuições de cada cargo em jogo em outubro.
A partir desse conjunto de conclusões e de pistas valiosas, o Grupo RBS delineou a programação que você verá em Zero Hora, GaúchaZH, RBS TV, Rádio Gaúcha e Diário Gaúcho. São mais de uma dezena de iniciativas, atendendo aos anseios revelados na pesquisa.
Uma das novidades é o Te liga, Eleitor!, quadro que será comandado pela jornalista Isabel Ferrari com o objetivo de tirar dúvidas sobre as eleições em vídeos e áudios de um minuto. O material terá a curadoria especializada do promotor Rodrigo Zilio, coordenador do Gabinete Eleitoral do Ministério Público.
Outra inovação é a participação do Grupo de Investigação da RBS (GDI) na checagem das declarações dos candidatos – quem falar inverdades será corrigido. O resultado do trabalho será publicado com o selo “É isso mesmo?”, já conhecido dos leitores de Zero Hora e GaúchaZH.
– A intenção é reforçar ainda mais o nosso papel de certificadores da informação e dar a segurança que o nosso público busca, exatamente como mostrou o levantamento. O GDI é especializado em jornalismo investigativo e conta com alguns dos repórteres mais experientes e premiados do Brasil – destaca Dione Kuhn, editora de Notícias de Zero Hora e coordenadora do GDI.
O rol de criações segue com a série “Se eu fosse governador”, que exibirá vídeos dos eleitores dizendo o que fariam no comando do Palácio Piratini, com o projeto Cases Inspiradores, voltado a histórias de gestores públicos de sucesso ao redor do mundo, e com o podcast Memória Eleitoral. Esta última novidade reunirá, em áudio, entrevistas do jornalista Daniel Scola com ex-governadores sobre curiosidades envolvendo antigas campanhas.
Para finalizar, a cobertura terá foco total em debates, na elaboração de perfis detalhados dos candidatos e em entrevistas de fôlego, sempre com análises aprofundadas do time de colunistas da RBS, que conta com nomes como Rosane de Oliveira, Tulio Milman e Marta Sfredo. As sabatinas terão, ainda, a volta do La Urna, programa de entrevistas marcado por bom humor e perguntas que todo mundo gostaria de fazer. Tudo isso, a partir de 16 de agosto, quando se inicia oficialmente a propaganda eleitoral nas ruas e na internet.