Vereadores de Caxias do Sul entregaram, na tarde desta terça-feira (19), o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde ao Ministério Público (MP). Parlamentares membros da CPI — o presidente da comissão, Rafael Bueno (PDT), a relatora, Estela Balardin (PT), Adriano Bressan (PRD) e Velocino Uez (PRD) —, acompanhados do presidente do Legislativo, Zé Dambrós (PSB), tiveram encontro com a promotora de Justiça Fernanda Soares Pereira, que, no momento, atua interinamente como promotora de Saúde Pública.
No documento entregue à promotora, são indicados 41 entes, entre entidades, prefeitura e pessoas nas responsabilizações relacionadas principalmente à chamada fraude de horas médicas na UPA Central e à construção da nova ala do Hospital Geral. As irregularidades na UPA, por exemplo, fizeram com que o InSaúde, gestor da unidade, tivesse que devolver R$ 1,3 milhão à prefeitura. Esses foram os principais pontos destacados pelos vereadores, inclusive, para que sejam investigados pelo MP.
Aos vereadores, a promotora Fernanda garantiu que irá analisar o material e manterá contato com o Legislativo ao longo das investigações. Como o MP entra em recesso a partir desta quarta-feira (20), a promotora também solicitou aos vereadores que enviem os materiais das oitivas e os anexos do relatório — que somam mais de 53 horas e 9 mil páginas de documentos — ao longo das próximas semanas para que o MP consiga analisar na íntegra todo o material e dar os encaminhamentos necessários.
— Foi muito bom receber o relatório e o panorama, e vamos aguardar o restante da documentação porque é importante analisar o todo, e também os áudios e vídeos que fizeram parte desta investigação. Não posso estimar um tempo porque não tenho ideia ainda do volume e da complexidade dos autos, mas tão logo possível será dada uma resposta à comunidade. O trabalho a partir de agora é a análise do todo — detalhou a promotora.
