Após 20 dias de afastamento, o vereador Sandro Fantinel (sem partido) compareceu à sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Caxias do Sul na manhã desta terça-feira (21). Ele não participava mais das atividades no local desde 28 de fevereiro, quando proferiu falar preconceituosas em pronunciamento referente ao caso dos 207 trabalhadores resgatados em situação análoga à de escravidão em Bento Gonçalves. A fala motivou a abertura de um processo de cassação de mandato contra Fantinel. A comissão processante tem até o dia 1º de junho para concluir o processo de cassação. O prazo de 90 dias é contabilizado a partir do dia 3 de março, quando Fantinel foi notificado da abertura da ação contra ele.
Após a repercussão do pronunciamento na tribuna da Casa Legislativa, o vereador se manteve afastado sob laudo por estresse pós traumático. Na sessão da última quinta-feira (16), o atestado de 10 dias já havia expirado, mas o vereador também esteve ausente. O processo de cassação não entra na pauta da sessão desta terça-feira.
— Eu estava em tratamento médico. Agora o médico disse que estou em condições de trabalhar. Preferi vir porque não adianta se esconder, tem que enfrentar. Vou continuar o meu trabalho até que meus colegas decidam o meu destino — disse o vereador.
Fantinel também foi indiciado, no dia 13, pela Polícia Civil pelo crime de racismo pelas declarações feitas. O crime de racismo prevê pena de dois a cinco anos de prisão.
