Em pouco menos de um mês, ocorre a votação da nova composição da Mesa Diretora de 2023 da Câmara de Vereadores de Caxias do Sul. A eleição será na última sessão ordinária do ano, em 15 de dezembro, dia que marca o término do ano legislativo na Casa. Após o embate político do ano passado que ampliou a frente anti-PT com oposição à candidatura da atual presidente da Casa, Denise Pessôa (PT), neste ano o cenário se desenha para maior serenidade entre os parlamentares para a eleição. O nome cotado — e já confirmado por algumas fontes — é o do vereador Zé Dambrós (PSB), que será indicado pelo partido para ocupar o cargo. Atualmente, Dambrós é o 1º secretário da Mesa Diretora.
A eleição da Mesa é um processo regimental que ocorre todos os anos no Legislativo. Um acordo informal feito sempre no início das legislaturas prevê o rodízio na presidência da Câmara entre os partidos com as maiores bancadas - na atual legislatura, o cargo ficaria em rodízio com PSDB, PSB, PTB e PT. O critério prioriza o princípio da proporcionalidade, ou seja, os partidos que receberam mais votos na última eleição e possuem maior número de cadeiras têm direito a ocupar lugares na Mesa Diretora e, também, ganham mais vagas nas comissões parlamentares.
Dambrós confirma que a indicação do partido para a presidência será mesmo o seu nome:
— Dentro do PSB, eu não assumi nenhuma comissão porque eu devo ser o presidente. Estou fazendo a conversa com outros vereadores. Nos próximos dias vamos ter novidades —conta Dambrós.
Na sua opinião, é fundamental que a legislatura respeite a proporcionalidade para a eleição da Mesa Diretora de 2023.
— A presidência é um respeito à proporcionalidade, não é nem um acordo, é respeito aos partidos que têm três vereadores na bancada. Primeiro nós tivemos o PTB (com Velocino Uez em 2021), no segundo, o PT (com Denise Pessôa em 2022), o terceiro deve ser o PSB e o quarto, o PSDB. Nós estamos iniciando o diálogo, mas ainda não tem nada definido.
O vereador pontua que não devem ocorrer embates políticos para essa eleição como no ano passado com a presidência de Denise:
— Eu acho que a gente consegue seguir esse caminho do diálogo, do respeito à proporcionalidade. A Mesa vai ter vários partidos, então não tem motivo para haver divisão. Eu acredito que vai transcorrer tudo certo, que não vamos ter problemas, mas se tiver uma outra (chapa), eu vou respeitar. Eu faço parte da Mesa Diretora desde 2021. Portanto, sei de muitas coisas que devem ser encaminhadas no próximo ano. Eu acredito muito no diálogo e na compreensão de todos para termos uma chapa única. O caminho é esse — declara.
Sobre nomes para compor outros cargos da Mesa, Dambrós adianta:
— PTB e PSDB é certo que vão estar. Provavelmente o PCdoB também esteja (o único vereador do partido é Renato Oliveira), o PT. Mas ainda não sentamos para decidir os nomes que os partidos indicarão porque também temos a negociação das comissões (permanentes da Casa).
O vereador Wagner Petrini (PSB) também confirma que a indicação do partido para a presidência será mesmo com o nome de Dambrós. Ele pontua que, em princípio, há um consenso entre as maiores bancadas.
— Então, não teremos contratempos como ano passado.
No acordo do Partido Socialista, se Dambrós vencer, o cargo de líder de bancada em 2023 será de Petrini. Atualmente, a liderança da bancada está com Dambrós.
— Por um acordo feito no início da legislatura dentro do partido, eu e o (vereador Gilfredo) De Camillis optamos por presidir comissões permanentes e o Dambrós ser o presidente por ter mais experiência e ser o presidente do partido (em Caxias).
O nome de Dambrós também é citado como possível presidente por Denise:
— O acordo é que o terceiro ano (a presidência) seja do PSB. Sobre a presidência da Mesa Diretora, é uma decisão interna do PSB. Algo que a gente percebe pelos diálogos com os vereadores é de que, sim, o PSB deve indicar o vereador Dambrós — conta a presidente.
Outros nomes da Mesa Diretora
Nos bastidores da Casa, alguns nomes já despontam para compor a Mesa Diretora em 2023. A vereadora Marisol Santos (PSDB) aparece como o nome dos tucanos para ficar como 1ª vice-presidente, mas ela nega essa possibilidade até o momento e indica que o assunto ainda não foi discutido. Marisol atuou como 1ª secretária em 2021 e, neste ano, está como vice-líder do governo do prefeito Adiló Didomenico (PSDB) na Casa, ao lado do líder de governo, Velocino Uez (PTB).
Outro nome cotado é do vereador Adriano Bressan (PTB) para 1º secretário. Ele também diz que não há nada definido:
— Ainda é cedo. Até o presente momento ainda não posso afirmar essa informação. Estamos sempre à disposição para construir junto com os colegas vereadores — conclui.