A Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade (SMTTM), juntamente com a administração municipal de Caxias do Sul, está tentando resolver na base do diálogo eventuais problemas no tráfego de veículos causados por bloqueios de ruas e avenidas pelo grupo que protesta contra o resultado das eleições à Presidência.
Conforme o secretário Alfonso Willenbring Júnior, não houve qualquer tipo de solicitação ou pedido de bloqueio por parte dos manifestantes em nenhuma das paralisações realizadas durante o mês de novembro. Willenbring admite que existem conversas para que a segurança das pessoas esteja entre as prioridades no diálogo.
— Como não se apresentou perante nós alguém que lidere, alguém que esteja solicitando autorização para este fim, estamos conversando para tratar do assunto. Vamos até lá, verificamos a situação, se existe algum risco para a circulação do tráfego de veículos junto das pessoas. O melhor é evitar o conflito. O próprio prefeito Adiló esteve pessoalmente conversando com as pessoas, pedindo para que tudo se resolvesse da melhor maneira, mas a gente solicitou que eles permitissem a passagem aos pedestres e veículos.
No domingo (27), o trânsito foi bloqueado por manifestantes na Avenida Rio Branco, em frente ao 3º Grupo de Artilharia Antiaérea (3º GAAAe) de Caxias do Sul. Pela manhã, eles promoveram uma motociata. Já no começo da tarde, os motoristas fizeram uma carreata. Quem pretendia trafegar pela avenida teve que buscar vias alternativas, já que não havia como passar no sentido bairro-Centro e nem no sentido Centro-bairro.
De acordo com Willenbring, além do diálogo, a administração busca alternativas para que o trânsito flua por outros caminhos na hora das manifestações.
— O que acontece é que existem momentos, como num jogo de futebol no Alfredo Jaconi, quando desviamos o trânsito para que os veículos se misturem com as pessoas. Tentamos conversar e manter o direito da manifestação que eles estão exercendo, mas também evitar que haja confronto — afirma o secretário que não acredita que essas mobilizações ocorram por muito mais tempo.
Além da manifestação de domingo (27), outras mobilizações ocorreram durante o mês e, por algumas horas, impediram a passagem de motoristas pelos locais. No dia 6, houve bloqueio na Avenida Rio Branco, esquina com a Rua Olavo Bilac, e na esquina com a Rua Sarmento Leito, no bairro Rio Branco, bem como na Rua Tronca com a Visconde de Taunay. No feriado do dia 15, o ato se repetiu na Avenida Rio Branco. Na ocasião, um dos organizadores chegou a dizer que sempre que reivindicarem intervenção das Forças Armadas, o público deveria estar voltado ao quartel.
No último dia 20, o Ministério Público Federal recomendou que grades fossem instaladas em frente ao quartel, fazendo com que manifestantes que lá estavam instalados transferissem as barracas e demais estruturas para o outro lado da rua, na Avenida Rio Branco.